- Nº 1820 (2008/10/16)
«Situação gravíssima»

Incertezas na <i>Moderna</i>

Nacional
A JCP está «solidária» com os estudantes da Universidade Moderna que vivem uma «gravíssima situação de incerteza» quanto ao seu futuro, face ao encerramento compulsivo desta instituição.

Esta situação, segundo o Secretariado da Direcção Central do Ensino Superior da JCP, «coloca centenas de estudantes de Lisboa, Beja e Setúbal na iminência de verem desperdiçados os milhares de euros pagos do próprio bolso em propinas, taxas, emolumentos e outras despesas materiais».
As responsabilidades são repartidas entre o Governo e a Dimensino, cooperativa privada que gere a instituição, e que procurou sempre o lucro ao invés da garantia das condições pedagógicas e financeiras que protegessem os alunos.
Por seu lado, o Executivo PS continua a diminuir o financiamento do Estado no ensino superior público, aumenta as propinas todos os anos, encerra cursos no público que passam a existir só no privado, acaba com o ensino nocturno no público e concede benefícios fiscais às escolas privadas, empurrando assim milhares de estudantes para o ensino privado, não por opção mas por obrigação.
«Exemplo disto é a afirmação por parte dos estudantes do pólo de Setúbal de que, face ao encerramento do mesmo, será impossível à grande maioria prosseguir os estudos, pois não têm condições financeiras, materiais e familiares que lhes permitam ir estudar para Lisboa», relata, em nota de imprensa, a JCP, dando conta das «dúvidas perante as transferências dos estudantes para outras instituições do ensino superior, e as equivalências devidas das cadeiras já efectuadas».
«Há notas congeladas pois a falta de pagamento da Dinensino aos professores faz com que estes não as lancem, e os próprios mecanismos legais de transferência e equivalências não garantem a equivalência de todas as disciplinas, antes fazem antecipar que grande parte dos estudantes terá que recomeçar do zero», lamentam os jovens comunistas.